Versos voados

Turvam-se idéias

passam-se palavras

e a lavra fica

admirando inércias

curvando-se na fresta

dessa luz do sol entrada

em prosa e brecha!

Escrevo com um carinho escondido

e atrevo-me a versejar de graça

pagando à rima,

beijando a prosa

e abafando a festa.

Há dias em o que escrevo não é meu

e foge-me tudo.

E meus versos desabitam a hora

e o meu silêncio se apavora

mas esses mesmos versos voltam e ficam!