Bostas no Pasto

Sempre na escuridão da noite

Encontro meus medos e também

A força para conte-los e nos

Meus olhos brilham as cores

Que menosprezam meus pesadelos

Mas que arrepiam meus pelos

Eu trago comigo a minha solidão

E nenhuma tempestade consegue

Abala-la e dos meus lábios soam

Os murmúrios que os ruídos fúnebres

Da noite embalam

Não sou a paz que profetizam muitos

Ou mesmo a guerra que permeia o mundo

Sou é vitima deste acidente fortuito

Que é viver nas noites com demônios

Que vivem em abismos profundos

Ao raiar o dia correm em passadiços macabros

Com suas highlander presas aos dentes

E neste momento fecho meu coração e não abro

Pois em minhas mãos o sangue escorre reluzente

Eu vivo apenas mentiras, ruas sem casas ou rastros

Que seguem um caminho de um x tortuoso e feio

Hoje todos os meus anseios estão no meio

De um retrato de um mundo gasto

Da cor de bostas de gado expostas no pasto