SEMPRE A TE ESPERAR

Por que não destróis em ti esta soberba?

Esta arrogância não te torna altiva

Sem presunção sei que escondes passiva

O mesmo amor que por ti sinto a vida inteira.

Percebo isto no mais profundo do meu ser,

Sei que em momentos não fui capaz de demonstrar,

Também não fui capaz de transcender

De forma mais intensa a força de te amar.

Querias mais de mim e não te dei

Mais horas que pedias para junto a ti ficar.

Fui tolo em não perceber o que te neguei,

Por sentimento de culpa meramente infantil,

Que vim a perceber ao verte te afastar.

Fui bobo sim, em não me superar.

Sei que é difícil pelas mágoas que causei

Que queiras outra vez de mim se aproximar

Para que voltássemos a compartilhar

Da cumplicidade que em ti sempre encontrei.

Mesmo assim não deixarei de te esperar

Seja amanhã, depois, não sei, no atemporal,

Por isso estarei sempre destinado a aguardar;

Pois meu amor por ti transcende o material.

24.12.2007

Tadeu Costa
Enviado por Tadeu Costa em 24/12/2007
Reeditado em 25/12/2007
Código do texto: T790953
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