Ah! Quem me dera se afogar nesta reconciliação...

Se eu pudesse olhar os mares e

Guardar em potes as minhas ideias

– Ou em garrafas de cerveja vazias –

Depois de uma tempestuosa noite

De discussão inutilizada.

Ah, amor,

Poderia esquecer tudo...

Tudo!

Voltar ao mar,

Iludir-me nos pensamentos,

Afogar-me em prantos e remorsos.

E sumir, não seguir,

Deixar de sonhar, desistir...

Quiçá, então,

Entregar-se ao fumo,

Ao álcool, à dor,

Ao sofrimento inútil,

Ao preenchimento incolor.

Quem me dera, amor, recomeçar...

Tomar o rumo.

Parar,

Lembrar de tudo:

Dos momentos bons, marcados, vividos;

Das experiências que trouxeram maturidade.

E com isso,

Relaxar,

Dormir,

Sumir nos sonhos.

E no outro dia...

No outro dia

Amanhecer

E correr para a vida,

Com o sorriso largo no rosto.

Amar, viver,

Sorrir, aprender,

Arrepender, erguer...

Erguer-se. E te telefonar.

Voltar ao mar depois.

Guardar, ainda, papeizinhos cheios de ideias,

Nas garrafas, nos potes da imaginação.

E transformá-las em vontades.

Depois atirá-las intensamente ao infinito oceano.

Amar, esquecer, buscar... Marcar um encontro.

E pular no mar.

Retomado por um momento eufórico,

Sobreviver... De alegria imensa, da vontade de ficar junto.

E avistando-a, ao longe, correr junto de ti,

Sentindo todo momento oportuno e imensamente sublime

Ao te olhar nos olhos e te dizer:

Vamos tentar?

Adriano Vox
Enviado por Adriano Vox em 15/10/2023
Código do texto: T7909113
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