Meteorito
Em calmaria e silente acordo, me levanto, vejo amor em meus sonhos e incerteza na alma, devagar sigo qual oceano, comovente rumo ao infinito do sem-fim.
Ao cair da noite o sono me ronda e me rouba, cujos braços estendo nas laterais do meu corpo e me transformo numa cruz, enquanto os adolescentes e os mais castos sem piedade zombam de mim.
Vejo o oceano, meu corpo se converge na areia sedimentada e constante, consciente e habilitado sigo rumo ao infinito em busca do amor sem fim.
Qual meteorito acendo, navego na escuridão num constante vai-e-vem, me desvio das rochas, mesmo assim me parto em mil esperanças para proteger cada vez mais o planeta água, agora quase no fim.