Desejo dilacerante.
Meu desejo dilacerante
Tremia a carne fumegante
Empurradas pelo mar a cova fria
O sangue na pintura do quadro
Os olhos se esgueiravam pelas bordas
Ante o sol que nascia.
No pantanal de penumbras belas
Mãos de Raízes fincadas nas sombras
Sopram brisas nas unhas amarelas
Belas anemonas negras serpenteiam
Vivas as alfombras nos meus pesadelos.
Onde estou nesta casa vazia
Eretas pontas no maderil apontam
O céu carnaúba (Copernicia prunifera)
Vinculo tenros de fibras latentes.