Desejo dilacerante.

Meu desejo dilacerante

Tremia a carne fumegante

Empurradas pelo mar a cova fria

O sangue na pintura do quadro

Os olhos se esgueiravam pelas bordas

Ante o sol que nascia.

No pantanal de penumbras belas

Mãos de Raízes fincadas nas sombras

Sopram brisas nas unhas amarelas

Belas anemonas negras serpenteiam

Vivas as alfombras nos meus pesadelos.

Onde estou nesta casa vazia

Eretas pontas no maderil apontam

O céu carnaúba (Copernicia prunifera)

Vinculo tenros de fibras latentes.

demetrioluzartes
Enviado por demetrioluzartes em 11/10/2023
Reeditado em 12/10/2023
Código do texto: T7906209
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