Milagre
QUANDO O SOL FESTEJA A VIDA
NO MILAGRE DA MANHÃ
VOU PELA ESTRADA COMPRIDA
NUM CARRINHO DE ROLIMÃ
CAIO E LEVANTO, E SE CHORO
QUANDO A DOR VEM ME ROÇAR
TIRO A POEIRA DOS OMBROS
DEIXO O VENTO ME LEVAR.
DEIXO A CANÇÃO ESPALHADA
PELA SERRA DO CIPÓ
SOLIDÃO APAZIGUADA
CORAÇÃO NÃO FICA SÓ.
E QUANDO A NOITE SE ACHEGA
É HORA DE ENTERNECER
O SOL DESCANSA, SERENO
E VEM A LUA, A SURPREENDER.
CERRO OS MEUS OLHOS E CANTO
O BEM QUE A CALMA ME TRAZ.
E ASSIM ESPANTO A SAUDADE
E A VIDA SEGUE, EM PAZ.