No monte azul
O sabiá laranjeira o fruto bicou,
Mediano e transitório, por um instante
Voou, como se estivesse a alimentar
Sonho de amor, num planeta em guerra
Uma luz distante, agora mais próxima
No topo da colina, há de se abrir intensa
Inevitável, rocha excessiva, e logo surgirá
Na canto vozes de livre interpretação.
Mediano e transitório, depois de anos
Virarem coloridas roseiras, no canto
Um novo sentimento aparecerá,
Além dos saberes, da razão e das emoções
Sequer irá se lembrar da luz...
Porque o pomar irá acatar, acolher
E expor todos os pássaros, flores e frutos...