Sinais dos tempos
Amei, mas me sentia desalentado
Fui como a aroeira que deixa
O vento passar sem perceber
Instável, tardio, desatento e infiel.
Ofertei flores ao amor desejado
Que em silêncio se revelava
Amor construido pelo tempo
De haste e lábaro não consumados.
A aroeira abrigava os pássaros
No crepúsculo do entardecer
Sob a supervisão dum anjo de Deus.
Eu, idoso que em vão se achava jovem
Juventude que indicava sinais dos tempos
Sem lamento maltrata e depois ilumina.