Cem dias sem sexo, sem explicação e sem guerra
Cem dias se passaram sem desejo ardente,
Sem toques intensos, sem prazer presente.
Nenhum encontro em que corpos se encontrassem,
Nenhum momento em que almas se entregassem.
Nenhum ato lascivo, nenhum beijo roubado,
A libido adormecida, o desejo aprisionado.
Não houve conexão na cama ou na pele,
Somente o vazio, um silêncio cruel de boa noite!
Sem explicação, o amor se ausentou,
Como se a chama do desejo se apagou.
Sem motivo aparente, o fogo se esvaiu,
Deixando saudade e um amor que se uniu.
E nesses cem dias, não houve batalhas,
Nenhuma guerra que nos separasse em migalhas.
A paz reinou, mas com ela a ausência do toque,
E o amor foi sufocado, como uma chama sem enfoque.
Mas ainda guardo a esperança em meu peito,
De um reencontro que nos traga afeto e deleito.
Que esses cem dias sejam apenas um intervalo,
E que o amor renasça, inundando nosso regalo.
Pois sem sexo, sem explicação e sem guerra,
Eu anseio por um amor que não se encerra.
Que se fortaleça, que se faça presente,
E que cem dias sem prazer sejam um capítulo ausente.
#JorgeGuima - 09/10/2023 – 09:50