(En)velhecer

 

Também prefiro chamar de vida.

Por sua perenidade.

Vibra em mim como um sino

que ecoa nas ondas do tempo

entre as montanhas abissais do mundo.

Um toque pra lá, outro pra cá

e o vento faz da melodia da alma

a dança da vida.

Cardos e espinhos amainam a dor

neste concerto de outubro.

É como me tocas  - cinzel de belezas

no instrumental da nova.

Sinto a música no ar.

Sou folha seca... ao vento...

dançando suave e louca

em tuas mãos de menestrel.