Quero-o meu

 

quero-o infindo das horas,

perdido dos estágios do tempo,

beirando o céu...

 

não quero guardas,

- nem chaves de argolas -

mercadejando ampulhetas.

 

peço o que se dá,

quero o que se desfaz de si,

grito o augusto que é:

perto do ômega.

 

espero a chegada.

faço de minhas mãos

moradia, enlevando

simplicidades

- donas de mim -

meu beijo esquecido

em tuas terras,

em lagos vazios

de perguntas.

 

espere - me espere !

sou teu poema de amor...