O amor tem seus mistérios

O amor expõe os seus mistérios em alguns momentos

Quando em poemas e cantigas se expressa eloquente

Fruto imprudente dos que se arriscam nos tormentos

Seus lamentos se traduzem em versos laconicamente...

Ah, o amor sublime, que corações feridos faz contente

Há de morrer lentamente se descuidar de tal sentimento

Quando amor faz doer é pela máxima culpa do desalento

Para alguns amores, o coração em paz já não é o bastante...

Porque será que a complexidade do amor entristece tanto?

E enquanto os olhos choram, as rugas marcam o semblante?

Já não é o bastante esperar que o outro revele o seu encanto?

E porque, no entanto, a face mais oculta anseia ser amante?

Se num instante é o amor que cura as dores e seca o pranto?

Será o santo ou será o profano que faz o amor tão inquietante?

Mary de Lima ( Escrito em 23-05-2017 - Reeditado)

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