SOBRE O AMOR.

O amor é qualquer coisa implacável,

Tantos buscaram entendê-lo pelos séculos,

Incontáveis versos foram escritos entre lágrimas,

Peças de teatro foram encenadas pelo mundo,

Grandes romances foram escritos em seu nome,

Montanhas de palavras jogadas ao vento,

Contudo, ninguém parece compreendê-lo,

Tal com eu, no meu flagelo de te amar.

É o amor esse sentimento incompreensível,

Impiedoso para com todas as pessoas,

Não respeita posições sociais,

Tão pouco se importa com o nosso sofrimento,

Venenosa flecha do cupido em nosso peito,

Sempre apontada para a nossa desatenção,

O amor pode parecer sublime, sereno, dantesco,

Não se enganem... Ele também pode ser carrasco.

Amor mais do que amor,

Sentimento elevado acima de nós,

Amor que nos move a distância infinitas,

Sentimento semelhante as ondas do mar,

Amor que trás ao olhar doce encanto,

Sentimento que transcende o próprio tempo,

Amor que fez de mim cancioneiro,

Sentimento que molda cada verso meu.

Eu que cantei o amor em versos,

A luz do luar derramei as minhas lágrimas,

As estrelas bailando no céu a tudo contemplou,

Observando atentas o meu desespero de amar,

A minha eterna angústia de ser amor,

Em cada poema existe um pouco de mim,

Escondo nas entrelinhas os meus sentimentos,

Me escondo dos sentimentos nas entrelinhas.

Amor que nos lábios revela veneno,

Veneno que leva-nos a loucura,

Amor que nos faz entristecer,

Tristeza que leva-nos ao abismo,

Amor que nos aprisiona em cárceres,

Cárceres que leva-nos a dor do passado,

Amor que nos faz acreditar na sua verdade,

Verdade que leva-nos a perceber toda ilusão.

Eu que me perdi em noites insones,

Fugitivo em muitos pensamentos,

O coração buscando a tua presença,

Tornei-me cancioneiro de palavra ao vento,

Louco, apaixonado, acorrentado nesse amor,

Escravo dos teus olhos, de seu perfume,

Quando passas por mim

é só a tua presença que importa.

O teu grandioso amor se instalou em mim,

Fez morada perpétua no meu coração,

Eu que tantas vezes evitei esse amor,

Eu que tantas vezes evitei você,

Bastou o teu olhar em mim e tudo se desfez,

Bastou o teu sorriso e meu mundo virou do avesso,

Quiser eu me ver livre da curva dos teus lábios,

Mas ... o Desejo de teus beijos ainda me aprisiona.

O teu sorriso é como um rio caudaloso,

O teu olhar como um furacão impetuoso,

A tua presença me desconcerta inteiro,

Os teus lábios me leva a loucura,

Quisera eu beijar-te neste momento

em que essas palavras são escritas,

Quisera eu desbravar cada curva do teu corpo,

Ser o teu sonho de perdição, ser o teu mundo.

Você que tanto deseja ser amada,

Sonhando todas as noites o mesmo amor,

Buscando encontrá-lo em lábios de perdição,

Você que anseia o perfume da sedução,

De olhos abertos sonha com ele,

Busca-o em tantos nomes,

E nunca está satisfeita,

Admita que sou eu o seu grande amor.

Cada um dos versos desse poema te cabe,

Você está ocultamente em cada um deles,

Uma fração de teu perfume está nestas palavras,

Você os lê diariamente sem nunca se enchergar,

Não consegue perceber tão grande amor,

Foram os teus olhos que me fez poeta,

E teus lábios levou-me ao cárcere da loucura.

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 07/10/2023
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