Meu poeta.

Ó, doce melancolia que me consome,

Ainda nutro afeto por meu ex-amor,

Aquele jovem belo, de olhos castanhos,

Cujo cabelo ostenta uma mecha rubra,

E dedilha uma guitarra de azul celeste.

Seu sorriso, ah, perfeito e encantador,

Como um raio de sol em dia nublado,

Iluminava meu ser, trazendo alegria,

Era um convite ao amor, à fantasia.

Em tempos idos, éramos cúmplices,

Nossos corações batiam em uníssono,

Mas o destino, traiçoeiro e impiedoso,

Separou-nos, levando-nos a caminhos distintos.

Ainda assim, meu peito suspira por ele,

Como uma rosa que anseia pelo orvalho,

A chama do afeto, mesmo adormecida,

Persiste, ardente, em minha alma ferida.

Ah, como eu gostaria de reviver,

Os momentos de ternura e cumplicidade,

De sentir novamente seu toque suave,

E perder-me em seu olhar de sinceridade.

Mas, como uma pessoa de tempos passados,

Guardo em meu coração essa paixão secreta,

Pois o passado, nobre e etéreo, não se apaga,

E meu ex-amor, para sempre, será meu poeta.

- Ash Magon (7/10/2023)