(E)TERNO

(E)TERNO

A minha ternura vadia

Permanece estática na tua ausência

Enquanto eras presente

A eternizavas sedentária na tua pele.

Estou em carne morta,

porque em meus sonhos

feras se devoram e, na realidade,

ninguém mais me decifra.

Nem eu me decodifico

nem eu mais me fico.

Ares de quem se fez guerra,

ardores de quem pede

trégua.

À tua sombra se fez luz

sem tua luz nada sobra.

Ao fundo de mim avançam teus

feitos.

Aprofundo em mim teus

peitos.

Traz de novo,

traz-me novo,

travestido em mim

um poeta-homem

e a ternura.

Leo Barbosaa
Enviado por Leo Barbosaa em 06/10/2023
Código do texto: T7902266
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