A SOLIDÃO QUE CARREGO COMIGO
Não segues mais comigo...
Sei que navegar ainda é preciso...
Sim, há horizontes contíguos...
Nesta Nau à deriva, só, perdido...
Navegando à deriva, prossigo...
O Sol de onde venho, já se põe...
Lento, dia após dia, e eu ao relento...
As noites, que se sucedem, são vazias...
Apenas um Céu cheio de Estrelas, errantes...
O tempo passa, e o vento nas velas, itinerantes...
Conduzindo-me nesta embarcação...
Sem rumo, ao Norte de lugar algum...
Nada mais faz sentido, tudo é incomum...
Até as ondas que passam, parecem voltar...
Sinto, estou estático, só no pulsar do coração...
Se ele parasse um só instante...
Esta solidão que carrego comigo, cessaria...
Cansado de esperar este amor tão errante...
Em breve eu sei bem...
Apesar que vivo, não obstante...
Morreria...
Bené Bené