Poeta

Poeta! Ô poeta! Cadê você? Onde estás tu agora? Responda-me, por favor, lhe tenho amor, lhe tenho horror! Cadê você que se dizia forte, não temer a morte porque poeta não morre, é eterno escravo das mentiras, das inverdades porque conjectura.

Foste vencido pelo tempo contra o qual você sempre lutou? – não poeta! Não me queira mal, sou humano, animal! Rimo piscina com mar, cujo escaréu vem vindo de mansinho, inundando árvores e pensamento – cadê você poeta, cujos versos rompem fronteiras pela força da tecnologia, mas não são capazes de te levar em carne e osso à eternidade, entende poeta?

Agora que terminaste o discurso, desças deste palco vens para a plateia se juntar aos bons, aos humildes dos humildes, onde a sabedoria dorme e só irá acordar quando o poeta eternamente de amor desfalecer, acorda poeta! Onde anda você e por que caminho tu enveredaste nesse mundo de Deus? Cadê você poeta? Ei-la, escafedeu-se.