romA
A pupila do olhar
Portal pro coração, dilata
Ao céu, ao verde ao mar
Dança e se enche D'água
Mesma pupila essa,
quando encontra outra,
expande a alma
A íris escuta um canto tão lindo,
nos olhos de uma pessoa,
trazendo paz,
trazendo calma.
E no toque,
pintura sutil dos dedos
Pincelando melodias
na epiderme
sussurrando arrepios,
segredos tão quedos
E em versos, canta a pele.
O calor do abraço,
que nos faz perder toda a rigidez
Que não sufoca,
não aperta e não prende,
Entrelaço.
Laço ou nó?
Sempre, laço.
Nas páginas do tempo,
Se faz traço.
No caminho da vida,
uma fita vai nos guiar.
Na trilha mais bela que existe,
As vezes desafiante,
mas em seu nome persiste.
Insiste.
Assim se torna mais leve,
o caminhar.
E os pesos da nossa bagagem
menos pesados, para carregar.
É um socorro
quando se nem acredita
mais em solução,
Chega sem avisar.
É um tom de voz mais forte,
que às vezes
se demora pra entender
Que é preocupação
com seu bem estar.
É a ajuda que se dá,
sem pensar nem olhar.
É a partida, quando sabes,
Por mais que doa muito,
Que era a hora de deixar.
É a alegria inexplicável
de sentir e ver sua cria
se desenvolvendo,
nascendo, crescendo.
É o sentimento bom de partilhar
os momentos com seus amigos.
Vê-los chegando, e,
vê-los partindo.
Em Fília, saber
Que mesmo quando
não se recebe,
você se dá
Algo bem diferente
de extremismo.
Contemplar e apreciar
o céu mudando de cor.
A lua, ficando nova,
crescendo,
ficando cheia,
minguando.
Pisar na grama,
escutar atentamente
o coração
Coragem de se jogar
sem saber como se acaba,
Mas ter a certeza
que nada é em vão.
-Gi Macedo
(Minha surpresa)