Não chore menina
Nas nuvens brancas, a paz
No verde, a cor da esperança
Nos teus olhos, doce criança
Morada de sonho se faz.
O azul do céu nos convida
Ao baile ao sabor do vento
Veja, criança, como a vida
Te beija a todo momento.
A natureza, meu bem, ensina
Que beleza é um mero sopro
E que o tempo, como escopro
Talha o corpo, a pele, menina.
Por isto, hei de contradizer
Vinícius, na poesia imortal:
É dentro, bem dentro do ser
Que beleza, é fundamental.
Não chore, então, ó menina
Pelas palavras duras do mundo
Por aqueles de verbo imundo
Que plantam n'alma, neblina.
Saiba, a vitória te sonda
E te abraça a cada alvorada
A felicidade também te ronda
Doce criança, menina adorada.