Só sussurros inaudíveis fluem do poço d'alma.
E o som flui em silêncio no eco de si mesmo.
Não há quem possa sentir.
Não há quem possa tocar.
A brisa não acarinha a face molhada.
Os estrondos dessas cachoeiras
descem rasgando o ventre
em soluços que ninguém vê.
"Corações partidos curam-se em silêncio".
E a alma murmura a lágrima ainda não acontecida...
para que se complete o ciclo do tempo do tempo...
e um novo mosaico para os pés se forme...
E, que a voz do silêncio cale fundo em mim,
como uma espada cerrada de sua própria dor -
que ela se cale, por favor, que se cale
e não mais se renove, não mais seja causada.
Fecho os olhos.
Caleja o vento o silêncio ensurdecedor.
Profundo e abissal é. Sou ele.
Me desfaço em meus canyons como um iceberg.
Só se vê e se ouve os sussurros inaudíveis
que fluem do poço d'alma.
Ainda sou eu a nau em deriva em teu Mar?
Ou rodamos nós dois ainda perdidos de si?
Quando vamos nos reencontrar?
Toco tua face molhada...
Nossas lágrimas se misturam na imensidão...
Só sussurros inaudíveis fluem do poço d'alma.
O som flui... em silêncio... flui...