A despedida

Numa pensei que doeria tá do te ver ficar.

Me deixar partir e não sentir em seu olhar a dor da perda.

Nunca imaginei que aquilo que começou por acaso, terminaria no acaso.

Que nos tornaremos estranhos, um para o outro.

As portas que se abriram, essas irão se fechar.

Nós seremos outra vez, meras sombras da linha do tempo.

Espero a tua felicidade, mas não desejo vê-la.

Espero que seus sonhos se realizem, mas não desejo presencia-los.

Egoísmo?

A dor que circunda ao nosso peito, destrói o momento em que nós conhecemos por palavras.

Senti a fagulha se apagando quando as coisas no caminhão se encaixaram e em nosso olhar ficou saudade.

Eu não quis isso.

Você não desejou assim.

Nossa geração imediatista destruiu tudo.

Não tivemos paciência para conversa mais.

Não tivemos maturidade pra dialogar o que incomodava.

Não fomos sábios para fazer o nosso amor não ter uma despedida no fim.

Chanceler crivo

Chanceler crivo
Enviado por Chanceler crivo em 27/09/2023
Código do texto: T7895526
Classificação de conteúdo: seguro