COMPANHEIRA
COMPANHEIRA
Autor: Maurício Irineu
Se o amor fosse qual uma rosa
E eu fosse apenas um rebento
Nossas vidas, juntinhas, cresceriam;
Em tempos tristes ou de alegria,
Em tempestades pavorosas
Ou ao soprar do forte vento;
Se o amor fosse qual uma rosa
E eu fosse apenas um rebento.
Se eu fosse tal qual são as palavras
E o amor fosse então a melodia
Soando com suave singeleza
Com tal cadência e realeza
Que a tudo embelezasse
Em desmedida harmonia
Se eu fosse tal qual são as palavras
E o amor fosse então a melodia.
Se tu fosses o belo dom da vida
E eu fosse então a própria morte
Nossos risos e prantos se ouviriam
Quando alguém viesse à luz do dia
Ou no adeus da despedida
Se tu fosses o belo dom da vida
E eu fosse então a própria morte.
Se tu fosses a rainha do prazer
E eu fosse apenas o rei da dor
Buscaríamos juntos, sem cessar,
O amor, até o capturar,
E daríamos um jeito de o trazer,
Para extrairmos dele o que restou
Se tu fosses a rainha do prazer
E eu fosse apenas o rei da dor.