Meu tempo
Vivo no limite do meu espaço,
Enclausurado afogado
Como a tênue linha do tempo
Tão só no vácuo dos olhos
Quanto na amplidão do destino
Perdi tanto tempo a contar as horas
O pêndulo esmaeceu enferrujado
Pelo tempo do meu olhar contado.
Fixei a têmporas pela janela fria
Não via a fumaça da padaria, contei
Quanto tempo ela faria o pão
Da nostalgia, ou a massa que não saia.
Afinal de contas Sou mão cega tateando
ruas infinitas de lagrimas , vazio peito amargurado da noite sem espaço
hálito pálido e lábios úmidos.