Nas tuas curvas

Nas tuas curvas

Nas tuas curvas perigosas

Tráfego com tanto prazer concluo todas as provas

Nenhum palmo sequer sobra,

Que eu não fosse conhecer.

Quanto mais molhada a pista,

Quanto mais sinuosa as curvas,

Quanto mais ouço que gritas,

Mais meu ímpeto se habilita,

Ao néctar de suas uvas,

Nas florestas de seus cabelos,

No deserto de seu umbigo,

Nos rios que molhados vejo,

Na súbita de teus seios

ao amor e ao prazer eu me divido.

E ao ver então brilhar

Nos teus olhos, um sol potente,

Sinto o suor deslizar

Nos teus lábios me molhar

Num entrelaçar tão quente.

Quisera fosse verdade,

Tal minha imaginação,

Quem dera, cedo ou tarde

O teu, meu corpo invade,

Para minha satisfação.

De momento, são só sonhos,

Da imaginação derivada,

Ali ao menos eu ganho,

A você me disponho,

E a deixo saciada.

Ladislau Floriano