Não há que temer o barulho ou o silêncio da alma
Não há que temer o silêncio ou o barulho da alma.
É assim que ela se expressa e tantas
e tantas vezes não a compreendemos.
É sua forma de falar.
No silêncio podem existir mil vozes
e no barulho a mudez pode estar presente.
É a linguagem que ambos falam
que devemos prestar atenção.
O barulho ou o silêncio interior tem o sentido de falar.
E neste falar está toda a emoção,
emoção do sentir, do existir,
da faísca que brota longe das futilidades, das nulidades,
perto das loucuras, das afetividades,
onde o coração-sentimento está a falar.
Esse coração-sentimento que o sábio compreende tão bem,
que afasta a distância (no refletir do silêncio e do barulho
estamos juntos, perto, conectados),
que reprime o vazio, o nada...
e desenha o elo, o anel, a aliança
entre o viver e a embriaguez da alma pela tua presença,
teu toque de luz, teu abraço iluminado de sol e esperança.