CARPE DIEM !
aproveita,
enquanto há tempo...
e arranca a raiva
do meu rosto
doido, demente;
rasga o meu peito,
e de minhas
parcas entranhas
retira de mim
o verso dos sentidos,
ainda por fazer;
dilacera minhas
velhas e sofridas veias,
e deixa esvair
todo sangue e poesia
que nelas correm
e me socorrem
em momentos
de eu ser;
deita-me depois
no solo de barro,
bem molhado,
e deixa-me quieto,
esperando o nascer do Sol...
e que ele, me iluminando,
faça com que me veja
-- pálido e claro --
sorrir, para você;
fechar os olhos,
para o Sol,
me despedir...
e depois morrer !
(Tadeu Paulo -- 2007-12-21)