Nos Limites da Sanidade (soneto)

Abri um buraco em meu peito

para ver a merda que havia ali dentro

o sangue escorria sem jeito

manchando as minhas mãos

Demônios fazem tudo imperfeito

atingindo-me nos limites que eu engendro

na sanidade que agora eu rejeito

clarificando toda a minha imperfeição

E serei todos os funestos funerais

também os adereços expostos pela chuva

beberei sangue feito das gotas da uva

e por onde quer que vá, você não vai

a insanidade cabe em mim como uma luva

mas este cálice de mim, por favor. Afastai!