Tormenta

O sol em frestas da minha alma

Anuncia dias quentes, corpo em chamas

O hoje exige revoluções, arrepios e dramas

Em gaiolas onde a ferrugem corroem a mentirosa calma.

E como raios do sol quente do sertão

Me desfaço de grades que teimam em conter

Os eus do meu Eu em poderosos nãos

Feitos de sombras do passado a nos envolver.

Queria romper com os que amam a perfeição

Deixar solto o que de imperfeito me faz viver

Abandonar os caprichos da salvação

E solta como pássaro errante pode viver.

Nesse encontro de almas e pouca calma

Me percebo perdida entre os eus dos meus eus

A perfeição que de me esperam

Ão de matar-me o sorriso e a alma.

Meus versos são como flechas atiradas ao alto

Na esperança de algum deles alcançar o céu

Causar grande dor no peito da terra

Tirar dela seu mentiroso véu.

E se mesmo assim não romper com o medo

E meu coração quase morto sucumbir

Ei de matar comigo todos os meus desejos

E no colo da terra passar a existir.

Flor de Cactos
Enviado por Flor de Cactos em 11/09/2023
Reeditado em 11/09/2023
Código do texto: T7883058
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