NOITE DE AMOR E PAZ
Vou descendo pelos caminhos,
pastora de lírios,
na noite que chega, de mansinho
em passos enluarados.
Onde dormes, ó meu amado?
É o luar também teu ninho
quando meus olhos fitam os céus
e se calam, sossegados,
como passarinhos pelos telhados?
Se há um porvir que te desejo
nesse silêncio em que me escutas
é o sol pra ti, as fontes
e todos os cânticos
que, pelos montes,
ainda se ouve daquela gruta.
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