E se acabar em decepção? Eu faço mais uma poesia

Não aprendi a ignorar o meu coração

Quando ele brada, apenas me entrego

Mas tenho o costume de ignorar a razão

Toda vez que ela grita, o amor é cego

Se o sentir fosse autódromo,

Eu correria no time dos emocionados

Se o sentir fosse sambódromo

Eu desfilaria junto aos apaixonados

É que nunca impus regras ao meu peito

Não conheço sentimento que sai controlado

Eu apenas sinto, e sempre desse jeito

Uns até me dizem, você sente exagerado!

Me digam!

Seria na intensidade que estou exagerando?

Qual o limite? O da batida morta, ou do coração escasso?

Me digam!

É pra sentir em grãos e ver o vento os dispersando?

Pois me desculpem! Meu sentir é galáxia, meu peito o espaço

Mas como sentem só até o meio termo?

Mas como param no limite do sentir tão pouco?

Seu coração fala! Súplica! Ele está enfermo

Eu escuto seu bater, soa como um grito rouco

Continuarei nessa minha intensidade

Nas imprevisões sentimológicas do existir

E se eu chorar? Chorarei como tempestade

E se eu gargalhar? Trovejarei o som do rir

Também necessito navegar na imensidão do oceano

Mas há quem se conforme em apenas lhe olhar

também necessito mergulhar nas profundezas do oceano

Mas há quem se contente em apenas os pés molhar

Já conheço bem o doer que parte o coração

ele não me impede mais de amar com euforia

deixo que a eternidade me ofereça uma ilusão

bebo da expectativa que minha mente cria

E pra todos que quiserem saber…

E se acabar em decepção?

Isso é fácil de responder…

Aí eu faço mais uma poesia

R J Ferreira
Enviado por R J Ferreira em 09/09/2023
Reeditado em 09/09/2023
Código do texto: T7881728
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