E se acabar em decepção? Eu faço mais uma poesia
Não aprendi a ignorar o meu coração
Quando ele brada, apenas me entrego
Mas tenho o costume de ignorar a razão
Toda vez que ela grita, o amor é cego
Se o sentir fosse autódromo,
Eu correria no time dos emocionados
Se o sentir fosse sambódromo
Eu desfilaria junto aos apaixonados
É que nunca impus regras ao meu peito
Não conheço sentimento que sai controlado
Eu apenas sinto, e sempre desse jeito
Uns até me dizem, você sente exagerado!
Me digam!
Seria na intensidade que estou exagerando?
Qual o limite? O da batida morta, ou do coração escasso?
Me digam!
É pra sentir em grãos e ver o vento os dispersando?
Pois me desculpem! Meu sentir é galáxia, meu peito o espaço
Mas como sentem só até o meio termo?
Mas como param no limite do sentir tão pouco?
Seu coração fala! Súplica! Ele está enfermo
Eu escuto seu bater, soa como um grito rouco
Continuarei nessa minha intensidade
Nas imprevisões sentimológicas do existir
E se eu chorar? Chorarei como tempestade
E se eu gargalhar? Trovejarei o som do rir
Também necessito navegar na imensidão do oceano
Mas há quem se conforme em apenas lhe olhar
também necessito mergulhar nas profundezas do oceano
Mas há quem se contente em apenas os pés molhar
Já conheço bem o doer que parte o coração
ele não me impede mais de amar com euforia
deixo que a eternidade me ofereça uma ilusão
bebo da expectativa que minha mente cria
E pra todos que quiserem saber…
E se acabar em decepção?
Isso é fácil de responder…
Aí eu faço mais uma poesia