Luz...

 

Oh! miserável alma, que triste vaga

Sem riso, desgraçada e sem vida

Amargurada em tristes lamentos

 

De amor, descrente vive...

Sonhando no amargor de uma ilusão,

Numa encruzilhada de desejos dormentes

 

Oh, luz que brilha! Por que me enches de amor?

Esses meus olhos tristes, e sem brilhos,

És tudo de ti, o que ainda me restou

 

Teus olhos no meu infinito

Essa luz que nunca se apagou em mim

Que me alumia dia e noite

 

Pois quando a dor me embala o ser

Ela é tão mansa, acaricia minh'alma,

Nesse amargor, que só eu sei sentir !