Amor da gente
Cheguei entre estrelas
O amor luzia no ar
Na estação dançarinos
Alegrando a vida
Valseando e cantando
Minha paixão a deslumbrar
No crepúsculo adormeci
Enquanto a tarde soletrava
A beleza das ruas floridas
Pela janela entre aberta
A vida colorida a contemplar.
Ninguém podia me ver
Meu corpo ficou invisível
Casais de amor deliravam
Devagar as palmeiras balançavam
Cuja alma no submundo
Da violência amore paz clamava.
Entre amigo num bar eu bebia
O copo e a garrafa de cerveja
Sem medo eu idolatrava
Aos pouco fui ficando bêbado
Pela presença que me faltava.
Mulheres aliviadas respiravam
Nenhuma me seguia
Da má sorte eu nada falava
Sozinho num canto eu sorria
A solidão apertava
Ao passo que os amigos partiam.
Tudo ia ficando deserto
De certo não era o que eu sonhava
Amor-doce-amor
De hora marcada não chegaria
Dispersa vinha você, Joatina Maria.
Cidade e vida, paixão atrevida
Em frente seguia sem nada dizer
Sobre os campos floridos amei você
Entre vagalumes te avistei
Utopia reluzente ternura a me aquecer.
Assim a vida seguia seu destino
Eu menino desprovido, fé ardente
No confessionário o sacerdote
Com suas doces palavras aliviava
E aguçava a esperança da gente.