Incógnita
Pois certa noite, deitado
Visando um fio deslumbrante
Não deitado, esmagado
Entregue está o amante
Mas não é esse o foco.
Me veio agora em mente
O que importa é o agora
e não o daqui pra frente.
Mas se o agora é confuso
O pra frente é invisível
Imprevisível, inconcebível
O passado está trancado
e o futuro é incrível.
Mas ainda não está certo
e na real, nunca vai estar
por que o que me resta agora
pro futuro, é aguardar
ainda sim esperançoso
mas pronto pra se frustrar.
Mais confuso que o futuro
Só se encaixa o amor
O fogo que arde, mas não queima
um soco sem sentir dor
o maior erro cometido
mas sem gerar rancor.
O que temo é o presente
O que viso é o futuro.
Mas sem deixar de lado.
O cheiro da doce flor.
Que hoje cultiva o amor
E me prepara para a dor.
De que é ama profundamente
e de quem sofre sem dar valor.