Quando os Sinos te Declamam
Em cada trêmula ermida
em que os sinos sinalizam
a auréola da aurora,
não é a manhã raiada
que os campanários celebram
com acorde estremecido.
Os sinos cantam teu nome
com sete notas de bronze
em frenesi musical.
Não é pelo entardecer
a partitura do ocaso
nas torres das catedrais.
O coral crepuscular
em tessitura aérea
é um jogral de metal.
Quando o sol se equilibra
sobre a linha do horizonte
é que os sinos te declamam.