Sobre se sentir perdido
Me perco em frente ao mar,
onde as ondas quebram
independente da sua grandeza.
Violentas.
Inevitáveis.
Como o meu desolamento,
a grandeza não contida em meu peito que se quebra.
Deixo ainda que a brisa leve meus cabelos,
como um acalanto à alma,
ciente que partida está.
Levar de encontro ao mar,
o maior poeta dos despedaçamentos,
recolhedor de cacos de corações que se partiram diante de suas ondas.
Espero ainda me encontrar no azul,
pertencer ao todo,
nada ser além da imensidão
Um coração preenchido de mar,
que bate inevitavelmente...
Violento!