Corsel Negro

Ali na monta do víeis restila

O resto das gálatas selas negras

De um corcel braseiro de ira

Encilhado na ilharga de força e cabresto

Entulhando nas veias as asas do vento.

O brilho expandido entre ramais sombreiros , onde as ventas espumava

Força de macho e gole de cana

Restilhando o suor esticado de gotas salinas.

No peito retesado graúna, embico as pontas das botas de fogo

Na longa cabeleira do corcel. Eia o trovão riscando tosco o casco de prata

De um dia entroso, ronco de ribeira do rio travoso.

Me zangava das botas,

Fincando esporas no couro do manga-larga

Para dar pressão nas redondilhas.

demetrioluzartes
Enviado por demetrioluzartes em 02/09/2023
Reeditado em 08/09/2023
Código do texto: T7875939
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