CÁRCERE
Vivo num cárcere permanente,
sem grades, torres, muros e guardas.
Ou mesmo algemas, sentinelas, vigias...
Padeço noites e dias.
Tenho as chaves de
todas as portas.
Posso fugir, escapar
se quiser, em direção à liberdade
como um pássaro que desaparece,
no infinito do céu azul.
Posso voar ao norte, ao leste,
ao oeste e ao sul.
Para qualquer lugar.
Mas fico aqui parado,
estagnado, sem reação.
Não tenho uma pena determinada,
nem ao menos fui julgado e
nem mesmo sei o que fiz.
Mas estou preso, enclausurado,
como um coitado, condenado
a ser infeliz!
( 12-2007)
Revisão: Vera Sarres
(verasarres.revisao@yahoo.com.br)