Romanceando...
Quando procuramos um amor...
Nossas antenas ficam ligadas
Todo o corpo está sintonizado
A ouvir a sinfonia dos sonhos
Das fantasias, da imaginação...
É um querer sem medidas
Vão os dois se conectando ao coração
Pela pele, pelos poros, pelos sentidos
É como se ficássemos com as células...
Em simbiose, inebriadas no transe
Entre a razão, sentimento, emoção.
Dá-se entre os pares a comunicação
Conversando, induzindo à mutação
Os olhos brilham um brilho de sedução
Se eles tocam o foco dessa paixão...
De outros olhos na mesma direção.
É um “ai Jesus” a abalar as estruturas
O amor se dá em profusão pela erupção.
Os sorrisos trocados dão sua dimensão
Que àquele contato mágico, repentino...
Promete repetir-se noutros momentos.
Você perde até o seu próprio eixo...
E ficam os dois desejosos da comunhão
Sofrendo um sofrimento gostoso e fugaz
Que só é entendido pelos próprios amantes
Porque esses momentos se eternizam
Falar sobre isso ajuda na sua compreensão
Para uma vida inteira entregue a devoção
Outros... Nas lembranças, nas esperanças...
De que o amor é mesmo assim, imorredouro.
Cheio de surpresas, com ou sem certezas
É fecunda fonte de plena e total inspiração.
Que os poetas buscam retratar nos versos
Como se pudessem ser capazes de explicar
O inexplicável daquilo que é tão complexo!
É só mistério! Linguagem indecifrável
Das artes, da poesia, da música, dos romances...
Que habitam bagunçando nossos corações!
Hildebrando Menezes