A LOUCURA DE AMAR

Naquele balanço das flores,

uma brisa em seu meio passeia,

o jardim se vê então seduzido,

pelo vento, sedento ele anseia...

O banco da praça molhado,

pelo sereno que à noite caiu,

o moço bonito, sentado à espera,

do amor sonhado que ele nunca viu...

O farelo jogado aos pombos,

o choca, o desperta em pensamento,

nem que seja apenas nas "migalhas",

quer matar a fome desse sentimento...

A sujeira encobre a face,

daquela moça pedindo esmolas,

o coração sabe algo, acelera,

não lhe importa que passem as horas...

__" A vida e suas surpresas,

Deus me livre de entender,

aquele belo exemplar de pobreza,

minha "miséria" fez enriquecer...

Não me importa onde vamos morar,

descobri nessa praça o amor,

se foram a solidão e a dor,

seu coração é agora meu lar..."

Os que olham o chamam de louco,

sorrindo e falando sozinho,

passeando feliz no caminho,

com o amor que só pra ele existe.

ANDRÉ L C MELO
Enviado por ANDRÉ L C MELO em 22/08/2023
Reeditado em 22/08/2023
Código do texto: T7867366
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