Madrugada insone
Madrugada insone
É madrugada
Meu corpo indolente
Meu pensamento distante
Vagueia por você
Ideias se atropelam
Vão de norte a sul buscar lembranças
Que se confundem na arquitetura e enredo do tempo
Ah, mente
Não mente para essa alma inocente!
Aquieta esse coração aflito.
Juízo impetuoso, se aquieta
O coração do outro bate manso
Não sabe que é amado?
Que é buscado com furor e excitação?
Ah, inocente perverso
Que na madrugada
De mim não sai
Se mantém insistente
Na memória e na pele
Quando a lua fria no céu se esconder
Quando o sol poderoso
apontar no horizonte
Desapareça de mim
Suma das minhas recordações
Quando o sol poderoso
Aquecer as manhãs
Não estarás mais comigo,
Inocente malvado
Pois o dia claro,
Cheio de razão
Anuncia que és passageiro fiel apenas das madrugadas insones.
Autora: Iracema Ferreira