Por que amar dói tanto?
Dois amores,
duas paixões,
duas almas que se encontraram pelo acaso,
dois corações que ardem por um amor brando e genoíno,
mas, que pelo ódio que no mundo habita
não podem ver esse amor florescer,
são obrigados a esconderem nas profundezas de suas almas a admiração que um carrega pelo outro.
O amor para eles é como um sonho
do qual somos obrigados a acordar,
pois não podem se dar ao luxo de amar,
são obrigados a viverem uma vida repleta de infelicidades e superficialidades.
Ao invés de somente se amarem.
Uma paixão corrompida
por um ódio perpetuado por muitas gerações antepassadas.
A coragem de suas dolorosas almas
que clamam por uma gota minúscula desse amor somente para saciar o desejo insaciável de seus corações de se encontrarem.
Eles queimam um pelo outro,
mas não podem deixar essa chama os consumir, porque o medo que os cerca é maior.
Mas o amor que neles vive os dão ao menos a esperança de um dia poderem se abraçar novamente, de poderem ser um do outro outra vez,
de poderem no frio da calada da noite sentir a paixão que caminha furiosa em seu ser,
ser sentida na mais alta sublimidade de seus toques.
O peso que carregam por serem obrigados a esconderem a admiração que sentem é pesado demais, é uma dor latente que reverbera pelos últimos estágios da vida.
Por que amar dói tanto?