Ervas do Meu Peito

 

São envergonhadas e tímidas

as ervas do meu peito.

 

Florescem solenemente,

mas vivem escondidas no subsolo do céu,

sobem escadas de verniz,

acendem velas de dor e amor,

mas são rosas cansadas

que crescem em meu peito de Flor.

 

É sereno o meu caminhar,

emblemática a seiva que escorre do caule

e tremula ao vento dos temporais.

 

Canto a voz das brisas,

dos sopros do respirar das Maresias

que me embriagam de seu cheiro e presença.

 

É desses Marcos

que se fazem os conteúdos essenciais

que me habitam o coração.

 

Mas... são envergonhadas e tímidas

as ervas do meu peito...

Se escondem mutáveis,

mas surgem e permanecem tu...

neste coração atemporal...

cujo amor para sempre perdura...