Tua Poesia!

 

E se minha poesia se expressa

em tagarelice desarticulada,

se é um pequeno grão, um pequeno fanico,

uma migalha de trigo e pão, não importa...

 

é ela a alma acima da carne,

é ela o coração dentro do corpo,

é ela a mescla dourada,

o elo que me liga ao teu amor

e à grandeza e genialidade de tua mente

que se sabe do que é e a que veio...

 

Você é! 


Você é este teu tempo,

esse teu povo (falas a sua língua),

esse momento feliz e de constante criação

que avança ao desconhecido,

que se sabe ponto de partida e não obra inacabada,

que se conhece livre e corajoso, incomparável

e de palavras incomparavelmente ditas

no inusitado e na ancestralidade da alma,

na verdade de tua obra.

 

Eu?

Sou teu

pequeno grão...

trigo e pão...

 

Sou

a Tua

Poesia!

 

Aquela que você escreve

e aquela que você,

intensa

e transbordantemente,

ama!