DEUSA DO AMOR

És a luz de uma estrela solitária...

Que ronda a imensidão desse céu.

O ponto de partida e a chegada,

Silêncio de pássaros em escarcéu.

És a flor magnífica que desabrocha...

No jardim da inequívoca sedução.

A vida, algo terno e quão sublime,

Transparente e insistente solidão.

O brilho de um ingênuo vagalume...

Ao invadir sem pressa a escuridão.

A dor, doce saudade e queixumes

Que se valem do alento e coração.

És a tênue luz que perfaz a noite...

Iluminando sem delongas o caminho.

Sentimento sincero, vento e açoite

Que fere as carícias, o meu carinho.

Um pensamento austero e singelo...

Que teima sempre ao perambular.

Ressona ao meu lado com esmero...

Qual ávido me corteja ao levantar.

És a paixão inexplicável e violenta

Daquela que afável nos apreende.

Mil desejos, enigmas e, apascenta...

Uma justa razão de quem a sente.

És, talvez, a agonia que aprisiona,

Que me deixa em constante torpor.

Mas, a imagem bela e mui risonha...

A minha MUSA e DEUSA do AMOR.

Pirapora/MG, 18 de dezembro de 2007.