Nesses anos
Nesses anos,
os ventos sussurraram segredos,
alimentando medos,
e perguntas sobre o que é a sinceridade,
enquanto um amor insistente,
antigo,
sobreviveu a todo os perigos,
inclusive ser motivo de risos,
mas, do afeto do seu coração,
o meu permaneceu mendigo.
Apesar de jogadas fora, porque o momento não era antes, nem depois, o momento é agora, foram tantas as cartas escritas,
com os fios da claridade da lua,
agora a dança da nossas vidas reedita,
uma ginga que é sua.
Não há silêncio em nossos olhares,
cujo único destino,
é velejarmos nossos mares,
encontrando os significados,
que tornam cada momento juntos,
cada palavra,
em algo sagrado.
Hoje,
cada gesto, um poerna,
cada toque uma canção,
o amor antigo, uma dança de almas,
sincronicamente em ação,
desde as ruas de paralelepípedos,
um afeto intemporal,
como mágicas noites no litoral,
requer com urgência, ser reescrito.
Desde sempre,
o mundo se transforma,
mas o amor antigo perdura,
persistente como a aurora,
onde prepondera a poesia,
daquilo que precisa continuar acontecendo com magia,
como tem sido,
desde o nosso primeiro dia.
Barthes.