[...] e deixe minha voz ser

um som oco e perdido

no mensageiro do tempo.

 

E deixe-a vagar sozinha

por entre as fileiras de vozes

que dela não dizem...

 

um dia o som se dissolve

nas linhas

dos pergaminhos do tempo

e ouvido nenhum

ouvirá, outra vez, sua missiva...

 

calo-me, qual chuva

gélida e triste, calo-me...

tristonha

e voz surda de mim mesma, calo-me...

 

e deixe minha voz ser

um som oco e perdido

no tablado do tempo...