Voo das Águas
Na redoma da noite,
surgem quimeras ardentes de chão e estrelas...
afugentando a palidez das incertezas e impossibilidades...
Aflora o fervor do voo das águas
pelos seixos desta lua
que paira sobre a profundidade de minhas raízes...
Falo desse silêncio que diz obrigado,
desse silêncio que agradece a brevidade dos jardins,
os ocasos das encruzilhadas do tempo
e as noites de trigo e sementes
que enxergam além das nuvens de sal
ou da dor de um sonho
que ainda, em sua plenitude, não se realizou...