Viajante do tempo
Meu viajante,
Cavaleiro andante.
Na busca constante
Pelas longas estradas.
Com moinhos de vento
Partidas e chegadas.
Na jornada da vida
Andante sem fim.
Ora errante, ora constante
Na busca incessante
Por afeto e jasmim
Jardim torturante,
Oque sentes por mim?
Por tantas amadas
Teu corpo derrapa
Braços, boca e cetim.
Percorremos mil léguas,
Pelo mar torturante
Na busca sem fim.
Ôh! Viajante do tempo,
Fez o que bem quis
Brincou torturante
Não ousou ser feliz!
Ah! Estou com medo
Do início, do meio e do fim.
Vieste ao meu encontro
No tempo do Chronos,
Com hora marcada
Da sua chegada,
Princípio e o fim.
No tempo de Kairós
A vida te trouxe para mim,
Momento certo, oportuno
Para ser feliz!
Seu olhar me diz:
Tem sabor de desejo,
Sinto em seu beijo
O tempo presente
Que brinca com a gente
No infinito traço em giz.
Que hora condiz no encontro
Das almas que se buscam
Insensatas por um ao outro
Sem fim!