MISTÉRIOS INDESCRITÍVEIS

Hoje eu despertei sem sentido,

E acabei por vir a brigar comigo!

Perguntei onde é que estás,

Alma respondeu que tanto faz.

Olha isso! Deixa de ser assim,

Nada é o bastante pra ti!

As minhas palavras se foram,

O repouso que busquei, não vi.

Confesso ter esquecido,

De que sou apenas aquilo,

Do qual não sabemos o óbvio,

Eu até mesmo, sei o quanto me ignoro,

Por estar muito perdido.

Tua face em todo lugar!

Catedrais e coisas peculiares.

Mistérios indescritíveis,

Manifestando do teu olhar.

O vento e a tempestade passam depressa,

Mas o que guardo é outra conversa!

Sentir o perfume que me apavora,

Eu digo:-Preciso ir embora, agora!

E em ausência fiz-me prisioneiro,

Da novela que eu mesmo escrevi, em tormento!

Não poderei compreender, onde tudo se encaixa,

Nem o começo de que, amar é inviável,

Quando meu próprio corpo, desconheço.

Envolva-me em seu pranto,

Desvelando-me como sou:

Uma mentira dentro de um oceano,

Num lapso a levar-me, como alguém,

Que no fundo de tudo, nem o incerto,

De um sorriso teu em meio ao caos,

É a parcela inquestionável do que restou.

Poema n.2.980/ n.49 de 2023.

Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor)
Enviado por Ricardo Oliveira (Poeta e Escritor) em 05/08/2023
Código do texto: T7853944
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